Jornalista, escritor, colunista do Jornal Extra, Tribuna do Sertão e presidente do Instituto Cidadão.

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Esquerda, volver

14/06/2025 - 06:00
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Batendo com o dedo médio da mão direita no púlpito, o presidente Lula afirmou que “a extrema direita não ganhará as eleições no Brasil” no ano que vem, em entrevista à imprensa em Paris. “Estou te dizendo, olhando bem nos seus olhos”, disse, em resposta a uma pergunta de um jornalista brasileiro: “A extrema direita não voltará a governar esse país, sobretudo com discurso negacionista, mentiroso, muitas vezes até canalha”.

Direita, volver
Lula foi questionado sobre a estratégia do governo para as eleições diante do projeto anunciado da oposição de conquistar o Senado, que será renovado em dois terços, para impor pautas conservadoras e especificamente se o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, poderia deixar o governo para se candidatar a governador ou senador por São Paulo. “Você acha que eu seria louco de responder isso agora?”, reagiu Lula, sorridente. Em seguida, afirmou que só cuidará do tema no próprio ano eleitoral.

Destino e vocação

Uma das vinte e sete vagas na Assembleia Legislativa nas eleições do próximo ano já tem dono certo e o ocupante será um político da nova geração. Guilherme Lopes, filho do prefeito de Penedo, Ronaldo Lopes, bem articulado, carismático e com atuação política positiva em vários municípios de sua região, onde a tendência de votação é certa. Tem destino e vocação.

Legal e desonesto

O ministro e presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, afirmou que tem “vergonha” de receber penduricalhos. Em um ano, ele embolsou R$ 1,1 milhão em benefícios que engordaram o seu salário. “Agora, é preciso que haja um pacto coletivo, porque não é possível que o TCU corte penduricalhos enquanto outros não façam o mesmo”. Ministros, conselheiros e outras categorias de privilegiados, formam uma casta de “marajás”, com ganhos “legais”, mas desonestos.

Falta articulação

O prefeito JHC tem encontrado dificuldade em sua articulação com a Câmara Municipal, com resistências e dissidências pontuais, fato causador de preocupação. Alguns vereadores se mostram claramente descontentes, fragilizando a base governista, que continua sem um líder e tem no presidente da Casa (Chico Filho) um anteparo com fraco desempenho.

Os fujões

Nos últimos anos, diversos nomes ligados à ala da extrema direita, especialmente associados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deixaram o país sob alegações de perseguição política. Carla Zambelli, Allan dos Santos, Oswaldo Eustáquio, Paulo Figueiredo (neto do ditador João Figueiredo), Rodrigo Constantino e Monark, são alguns dos fujões. Parte desses indivíduos enfrenta investigações, ações penais e condenações judiciais, muitas delas relacionadas aos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos três Poderes foram invadidas por manifestantes golpistas.

Tigrinho maldito

A senadora Soraya Thronicke, relatora da I das Bets, recomendou a proibição de apostas on-line como o “Jogo do Tigrinho”, chamadas por ela de “caça-níqueis on-line”, por terem características “exclusivamente deletérias” (como o vício de seus usuários e os obstáculos para a fiscalização do poder público). A senadora pede em seu relatório o indiciamento de 16 pessoas pela prática de crimes, entre elas as influenciadoras digitais Virgínia Fonseca e Deolane Bezerra.

O clã Wanderley

Com sua ancestralidade cacimbinhense, o clã Wanderley tem no deputado DR e no ex-prefeito Hugo seus dois maiores nomes na política local. Ambos dispensam apresentações, com mandatos proficientes, dedicados ao bem e ao bom. Nas próximas eleições Alagoas precisa dos dois e já me antecipo para sugerir: o ex-presidente da AMA para deputado federal e o seu pai, médico José Wanderley, continua honrando a Assembleia Legislativa, tão carente de nomes de representatividade. Dois votos qualitativos para o alagoano sufragar.

Amigos, mas nem tanto

Quem acompanha a trajetória política do prefeito João Henrique, percebe que em sua agenda não cabe a frase “amigos para sempre”. Sua prática tem sido acolher aliados multipartidários, desde que não atrapalhem seus planos (exclusivos e pessoais). Para as próximas eleições faz segredo até para o pai do mandato que vai disputar. Só ele sabe o que quer e como vai fazer. Uma coisa é certa: não terá nenhum constrangimento em acolher, ou deixar pelo caminho, qualquer um que ameace seus planos, não importa o tamanho.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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